domingo, 20 de setembro de 2009

A FORÇA DA FORMIGA

Outro dia vi uma formiga que carregava uma enorme folha. A formiga era pequena e a folha devia ter, no mínimo, dez vezes o tamanho dela. A formiga carregava com sacrifício. Ora a arrastava, ora tinha sobre a cabeça. Quando o vento batia, a folha tombava, fazendo cair também a formiga.
Foram muitos os tropeços, mas nem por isso a formiga desanimou de sua tarefa. Eu a observei e acompanhei, até que chegou próximo de um buraco, que devia ser a porta de sua casa, foi quando pensei: “Até que enfim ela terminou seu empreendimento”.
Na verdade, havia apenas terminado uma etapa. A folha era muito maior do que a boca do buraco, o que fez com que a formiga a deixasse do lado de fora para, então, entrar sozinha. Foi aí que disse a mim mesmo: “Coitada, tanto sacrifício para nada”, lembrei-me ainda do ditado popular: “Nadou, nadou e morreu na praia”.
Mas a pequena formiga me surpreendeu. Do buraco saíram outras formigas, que começaram a cortar a folha em pequenos pedaços, elas pareciam alegres na tarefa, em pouco tempo, a grande folha havia desaparecido, dando lugar a pequenos pedaços e eles estavam todos dentro do buraco.
Imediatamente me peguei pensando em minhas experiências. Quantas vezes desanimei diante do tamanho das tarefas ou dificuldades?
Talves se a formiga tivesse olhado para o tamanho da folha, nem mesmo teria começado a carregá-la. Invejei a força daquela formiguinha.
Naturalmente transformei minha reflexão em oração e pedi ao Senhor:
“Senhor! dai-me a tenacidade daquela formiga, para “carregar” as dificuldades do dia-a-dia,
Dai a perseverança da formiga, para não desanimar diante das quedas,
Que eu possa ter a sua inteligência e a esperteza para dividir em pedaços o fardo que, que às vezes se apresenta grande demais,
Dai Senhor! A humildade para partilhar com os outros o êxito da chegada, mesmo que o trajeto tenha sido solitário,
E por fim Senhor te peço a graça de como aquela formiga não desistir da caminhada, mesmo quando os ventos contrários me fazem virar a cabeça para baixo; mesmo quando, pelo tamanho da carga, não consigo ver com nitidez o caminho a percorrer. A alegria dos filhotes que provavelmente, esperam lá dentro pelo alimento, fez aquela formiga esquecer e superar todas as adversidades da estrada. Amém”.
Após meu encontro com aquela formiga, saí mais fortalecido em minha caminhada, agradeci ao Senhor por ter colocado aquela formiga em meu caminho ou por me ter feito passar pelo caminho dela.

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