quinta-feira, 5 de novembro de 2009

CASO DE AMOR



Certa vez, passeando pela China, um jovem estudante conheceu uma menina de rara beleza. Foi amor à primeira vista, mútuo e silencioso, pois um desconhecia o idioma do outro. Isto, porém, não impedira que se tocassem em suas almas! O estudante regressava ao seu país, prometendo, mas a si mesmo do que a ela, retornar um dia para viver definitivamente ao lado de sua amada. De volta a casa, o estudante espera ansioso que o carteiro lhe traga um primeiro sinal de seu amor distante. Teria ela, em igual intensidade, se apaixonado por ele? Ou será que o teria esquecido? Mas alguns dias e chega a primeira carta! A alegria custa a caber no peito daquele estudante! Aqueles sinais inscritos no papel, ainda que completamente ininteligíveis, são um tesouro precioso, pois guardam em si o coração da amada. Apressadamente ele procura um tradutor. Quer saber tudo: o sentido normal de cada palavra e o possível sentido que está por trás das palavras. Quem sabe. . . não estaria ali, escondida no fundo de um daqueles sinais gráficos, uma declaração de amor?! Imediatamente, ele responde à carta, dizendo a ela de sua afeição e saudade. Cartas vão e vêm, até que o jovem começa a sentir um certo incomodo pelo fato de ter que recorrer a um tradutor. Estaria ele, com fidelidade, descrevendo a largueza e a profundidade seu amor? E aquele jovem começa a estudar chinês. As mensagens da amada continuam chegando às suas mãos. Mas, para que suas próprias respostas fossem precisas em estilo e beleza literária, ele vai adiando sempre as suas respostas. Os anos vão passando. Os estudos se multiplicam e se aprofundam, culminando numa brilhante tese sobre a língua chinesa, fazendo daquele jóvem um perito famoso na língua chinesa. As feições da amada, porém, ficaram perdidas na obscuridade de uma vaga lembrança. De vez em quando, uma doce saudade e um ligeiro desejo de voltar àquele país, assaltavam seu coração mas, os compromissos acadêmicos e a idade avançada já não permitem mais tal aventura. Era o triste fim de uma história repleta de promessas de felicidade! Agora, ele dominava, notavelmente, a fala de sua amada. . . porém, havia-lhe escapado a oportunidade de falar com ela, de coração a coração. . . a ponto de perdê-la! Ele aprendeu por amor. . . e desaprendeu e esqueceu de amar!

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